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Pauta para o blog Divina Poética - Tem carta?

  • Foto do escritor: Paula Chande/Clientes
    Paula Chande/Clientes
  • 30 de jan. de 2018
  • 2 min de leitura

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Há alguns anos atrás as pessoas se correspondiam por carta. Mesmo a imediata satisfação com a velocidade da comunicação de hoje, não é capaz de ser mais atraente do que o frio na barriga da espera pelo carteiro.

Será que veio carta para mim? Hoje ainda não, ai meu Deus, será que chega amanhã?

Claro que a ansiedade sempre esteve presente em nós e é algo difícil de se combater. Mas no tempo da carta, não éramos tão escravos assim. Até porque não tinha nada a fazer a não ser esperar. Hoje se a pessoa manda um whatsapp e em um segundo a outra não responde, pronto, tá feito o caos.

É curioso ver, até mesmo nas novelas de época, como as pessoas tinham que se virar para conseguir o que queriam e como tinham que ser criativas para se comunicar.

Claro, muita coisa ficou guardada nos corações e não pôde ser expressada porque também era uma época cheia de velados. Muito ia para debaixo do tapete. Ousados e abençoados os que conseguiram driblar esse padrão.

Certamente são como aqueles que hoje conseguem se comunicar com a coragem de serem autênticos, sem fugir e também driblar o padrão. Aliás essa coisa de padrão é algo bem chato. E costuma tolir a potencialidade que Deus colocou dentro de cada ser humano.

Voltanto às cartas. Se alguém nunca escreveu uma, lance-se a esse desafio e faça o propósito de experimentar. Pode ser para alguém longe ou até bem perto. As vezes uma carta aproxima as distâncias mais próximas.

Claro, porque não mandar um email ou um torpedo. Ah, mas aí perde a graça e você nunca vai sentir a emoção de estar diante de um papel em branco e uma caneta.

Algo acontece ali. Conforme você vai escrevendo você vai percebendo a diferença. É real. É como se o papel falasse. É como se fosse você capaz de sentir as palavras pois não é apenas um despejar de frases, mas a sua emoção mais verdadeira aparece no formato das letras.

E a carta pode ser apenas um exemplo de quantas coisas podemos fazer para nos entrelaçarmos novamente com os outros. Além do que, sempre existe aquele que não consegue dizer o que sente e pensa olhando no olho e o papel e caneta ajudam bem. O email também, mas acredite, no papel e na caneta seus sentidos vão se expressar melhor. É a sua letra e não a letra do amigo computador, é a sua respiração, seu cheiro, tudo de seu esse papel absorve e leva para quem você quiser. Torça para a pessoa entender o que você quis fazer e te responder também por carta. Aí sim a sintonia será completa.

Mas porque falar sobre isso num mundo tão frenético. Apenas para dar um espaço para a PAZ. Especialmente a paz interior que a movimentação da vida cotidiana e a piração mental faz sempre o favor de roubar.

O que você gosta de fazer? O que te dá um pouco mais de sentido? O que faz você sentir a paz de ser você mesmo e não mais um compulsivo do sistema? O que te tranquiliza a ponto de você não precisar se enfiar em mil coisas buscando compensação?

Se você não sabe, escreva uma carta para Deus. Certamente ele vai te responder.

 
 
 

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